2 anos estudando UX Design e a preta migrou!
Estou aqui para contar como cheguei à profissão dos meus sonhos. Depois de 2 anos estudando, finalmente consegui migrar! Mas antes disso, deixe-me contar um pouco sobre mim: tenho 30 anos, sou mãe de pet e moro em São Paulo. Para quem gosta de signos, sou de Virgem (desconfio), pois sou meio doida. Estou aqui não só para contar uma história feliz como nos contos da Disney, mas sim uma história com muitos desafios, com o objetivo de fazer você não desanimar e não desistir quando bater aquele limbo e a vontade de chorar (já chorei muitas vezes).
No começo, você é bombardeado com publicações no LinkedIn, patrocinados no Instagram e comerciais no YouTube com milhões de gurus e coachings falando sobre como ganhar 5 mil reais em UX no primeiro emprego como Júnior. Oi? Eu vi 5 mil?! Quero! Quem não quer ganhar uma grana a mais e garantir o pagamento das contas, não é mesmo?
Quando comecei a estudar UX, confesso que meu objetivo não era o dinheiro inicialmente. Tudo começou quando trabalhei em uma empresa de tecnologia como CX (incluirei o link). Foi lá que surgiu minha paixão em solucionar problemas e escutar o usuário, e esse amor foi crescendo e se transformou em um romance.
Durante esse processo, fui a um evento do UX para Minas Pretas onde a Samille Sousa e Karen Santos estavam falando sobre UX. Fui tomada por dois sentimentos: sobre o acolhimento da comunidade com mulheres negras na tecnologia e apaixonada por User Experience, e quis saber mais sobre o que era.
Mas aí vem uma parte que ninguém conta: a ansiedade inicial de estudar tudo ao mesmo tempo. Sabe o bombardeio que falei antes? Sim, rolou! Rolou o medo de não dar conta, de fazer portfólio achar que precisaria fazer 50 mil cursos. Foi um caos, mas aí com tudo isso rolando, descobri que não estava sozinha nessa jornada. Tive apoio das comunidades UX para Minas Pretas, Ladies That UX BOS, uma mentora chamada Sheylla Lima (sim, a famosa tiktoker).
Esteja com pessoas ao longo da sua jornada
E essa vai ser minha primeira dica de sobrevivência para você que está tentando migrar: compartilhe, divida e una-se com pessoas que te fortaleçam. O mundo de UX é feito de forma colaborativa, e essa é uma ótima oportunidade de alavancar seu conhecimento. Não precisa carregar o mundo sozinho, beleza?
Depois que entendi que nem tudo são 50 mil cursos e que não existe fórmula mágica de 5 meses (não estou dizendo que não seja possível, estou contando minha experiência), "fiquei muito tempo no famoso limbo” de não saber bem para onde ir, síndrome do impostor (a clássica) e o medo de falhar ou nao estar pronto, conto um pouco sobre isso nesse artigo
Respeite seu tempo e o processo.
Essa foi a história desafiadora que me fez perceber que eu precisava disso: respeitar e o meu processo, pouco tempo depois descobri sobre o meu diagnóstico sobre TDH, onde procrastinava muito somando com a síndrome da impostora, depois confira meu artigo sobre isso, nesse processo decidi estudar por etapas, e fui contemplada com uma bolsa de estudos para estudar na Tera pela UX para Minas Pretas, onde fiz um curso completo de UX Design.
Antes de tudo, para escolher o caminho a seguir, é importante conhecer UX Design como um todo, para te direcionar melhor.
Em paralelo, fui aplicando o que havia aprendido dentro da empresa em que trabalhava como UX Designer. Foi em um dos módulos que entendi que meu caminho realmente era ser uma UX Researcher. Comecei a imaginar como seria uma vaga nessa área e, como sou “cara de pau”, me ofereci para auxiliar o time de produto onde trabalhava, aplicando algumas metodologias de pesquisa, mesmo tendo o cargo de CX e foi com esse case aqui que migrei e o que deixo como dica: olhe para a sua trajetória e transforte em uma oportunidade, as vezes voce construiu algo legal, mas sua mente dá aquele bloqueio ou parece que tem um grande elefante branco na sua sala.
Aquela vaga, finalmente chegou…
Depois de dois anos, finalmente migrei e isso foi um marco. Durante um Trabalhei em uma empresa que me abriu portas e me permitiu aplicar tudo o que havia aprendido, além de ter a oportunidade de trocar conhecimento e trabalhar com um produto que esteve presente durante toda a minha vida.
É importante ser corajoso e ousado, fazendo projetos voluntários para colocar em prática o que você aprendeu. Nas entrevistas, é fundamental mostrar como você pensa ao solucionar problemas de UX. Busque mentores, pois existem muitas pessoas incríveis no mercado que fazem isso de graça e por amor.